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Resenha: Hover - Never Trust the Weather (2016)


A Hover, banda de Petrópolis (cidade da região serrana do Rio de Janeiro), lançou nessa semana o seu primeiro disco cheio, o 'Never Trust the Weather' (ou nttw, como eles mesmos as vezes chamam). E o álbum de estréia veio pra marcar, cheio de personalidade e revelando uma maturidade musical impressionante tanto nas letras como também nas melodias muito bem elaboradas. Houve uma evidente evolução nesse disco em relação ao já muito interessante EP de estreia 'Open Road' (2014).

A formação da banda é composta por: Saulo von Seehausen (guitarra e voz), Lucas Lisboa (guitarra), Felipe Duriez (guitarra), Pedro Fernandes (baixo) e Álvaro Cardozo (bateria).

O 'nttw' foi produzido por Diego Marx, conhecido também por ter produzido a Scalene, e pelo próprio Saulo.

A musica que abre o disco é "Plain", que funciona como uma introdução para o que o álbum vem a apresentar. É composta por um coral, que fala de questões existenciais. Logo em seguida, a faixa "Hawkeyes", que conta com guitarras com pitadas de Post Hardcore, e refrões bem melódicos. "My Name Is Alaska" vem em seguida, e é uma das faixas que achei mais interessante no disco, e certamente vale a pena conhecer. Ela foi o primeiro single a ser lançado, e possui esse lyric video bem legal:

Em seguida, vem a densidade de "Teeth", que possui uma energia bem sombria, e é certamente uma das músicas mais memoráveis do disco. Refrões enérgicos, algumas quebradas e uma aura triste. Uma curiosidade sobre essa música é que ela possui uma unica frase cantada em português. Segundo alguns relatos da banda, até para esse clipe eles não puderam confiar no clima, já que tiveram que remarcar algumas datas e enfrentaram pancadas de chuva durante os dias de gravação. Abaixo vocês podem assistir o belíssimo clipe de "Teeth", dirigido por Fabrício Abramov e Hugo Gama.

"I'm Homesick" é a faixa seguinte, e na minha humilde opinião, é a melhor música desse disco. Seu inicio é composto por um dedilhado bem delicado, repleto de reverbs, aliado a uma batida simples, mas muito bem colocada, encaixando perfeitamente com a vibe que a musica pede. A voz vem suave, e a música vai crescendo naturalmente, até ter uma explosão no refrão, que traz o peso de um riff daqueles que não sai da cabeça. Essa música sem duvidas foi a que mais me emocionou e é daquelas que dá vontade de cantar junto. Vale a pena conferir cada segundo.

A próxima é "Prayer", e parece abordar o sentimento de perder alguém. "Weathervane" logo de cara mostra a importância das três guitarras para a Hover, mostrando que com as diversas linhas de guitarra, não poderia ser a mesma coisa se fossem apenas duas. "Kissing the Bottles" me pareceu ser a musica mais diferente de todas as outras do disco, mas de uma maneira boa.

"This is the last song i'll write about you" como o próprio nome diz, é como uma musica de desabafo, me lembrou um pouco letras de bandas como Taking Back Sunday, de uma forma reformulada. "There's No Vampire in Antarctica, at Least for 6 Months" é a faixa dona de um dos refrões mais "chiclete", e também do solo mais virtuoso do disco. "Shallow Waters" possui uma ponte cantada por Carol Navarro, baixista do Supercombo. "Serenity" conta também com uma participação, desta vez de Luiza Pereira, da INKY, que encaixou sua voz perfeitamente, e certamente acrescentou muito à essa música. A música que fecha o disco é a mesma que dá nome à ele: "Never Trust The Weather".

Sem dúvidas, esse foi um dos melhores lançamentos do ano até então, e tenho certeza que estará presente em todas as listas de melhores discos do ano de todos os sites de música brasileira.

Pra quem quer conhecer mais sobre a Hover, pode conferir o AudioArena Originals que eles lançaram nos últimos dias:

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