Resenha: Two Places At Once - Birdtraps (2016)
Formada em setembro de 2013, a banda oriunda do Rio de Janeiro, Two Places At Once, lançou em janeiro deste ano seu primeiro álbum, Birdtraps. O álbum veio mostrando bastante qualidade musical, dando uma ótima continuidade ao trabalho da banda após o EP "Different Selves" (2014).
O EP de estreia teve uma boa recepção do público e da crítica, abrindo portas para a banda em diversas casas do Rio de Janeiro, passando por São Paulo e também em Natal (nos dois principais festivais da cidade: Festival Mada 2014 e Festival DoSol 2015).
A banda é composta por: Renan Rocha (voz e guitarra), Rodrigo Soares (guitarra), Juan Salinas (baixo) e Victor Barbosa (bateria).
A banda traz para Birdtraps a mesma equipe de produção do EP, o que deu no mesmo bom resultado.
A música que abre o disco é "Your Lullaby", uma música romântica que traz uma letra super bonita e além disso é uma canção com uma melodia bem agradável. Logo em seguida vem "Charlotte", na mesma vibe de "Your Lullaby", com momentos bem interessantes da guitarra. Me lembrou um pouco o som do "Green Day" e do "Nickelback", então quem já conhece o som dessas bandas, vale a pena ouvir essa música também.
A terceira faixa é "Rainy Days", uma canção bem legal, com uma influência de rock progressivo muito bem colocada. A quarta faixa do disco é "Wishes", uma das mais interessantes. Não é atoa que é a faixa da banda que tem um videoclipe (bem legal, por sinal). A canção tem uma letra que cativa e um refrão que fica na cabeça. É provavelmente a música mais memorável do disco. A canção tem um solo de guitarra muito bom. Vale a pena conferir o videoclipe muito bem dirigido por André Callado e Anna Luiza Romano.
Após "Wishes", temos "Gloves", uma canção também bastante marcante no álbum e que expressa bastante todo o rock alternativo da banda. Com um refrão bem forte, bem como a maioria das músicas da banda, "Gloves" é bem emotiva e poética. A canção tem um lyric video super bacana:
Logo depois temos "Interlude", uma faixa muito interessante do disco, por ser instrumental. Não tem participação vocal nessa faixa, e ainda sim, consegue ser uma música que transmite muitas coisas, num ar que eu diria, psicodélico até.
A sétima faixa é "Denial", outra faixa que transmite o rock alternativo de forma bem evidente. A canção tem uma batida muito boa e uma virada muito legal logo no começo. Uma melodia construída de forma ousada e que resultou em algo muito bom. "Wide-Eyed" vem com um som mais pesado, uma faixa que se destaca bastante no disco, por ser diferente das outras. Com a guitarra bem marcada, já uma característica da banda e que funcionou muito bem na música. A construção é semelhante a melodia de "Wishes".
"Hidden Soul" vem numa vibe mais de rock progressivo, com uma melodia que me lembrou bastante o Pearl Jam. É uma outra faixa com uma melodia bem ousada e que se destaca, comparada as melodias das outras faixas. "Untying the Knot" é uma faixa bem original, tem uma melodia bem única. É uma das faixas mais calmas do disco, mas também é ótima. A última faixa do álbum é "Young Passenger", uma bem calma também, com uma letra bem bonita.
Foi um álbum e tanto, um dos grandes lançamentos deste ano até então e provavelmente estará aparecendo nas listas de melhores discos do ano.