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Entrevista com a Cachorro Grande!


Entrevistamos a Cachorro Grande! É, definitivamente, um dia especial para esse autor que vos fala! Quem respondeu foi o tecladista Pedro Pelotas!

1. Eu, e acredito que grande parte do público da Cachorro Grande, conheci a banda na época dos álbuns "Pista Livre" e "Todos os Tempos". A banda foi indicada ao Grammy pelo álbum "Cinema", lançaram o "Baixo Augusta", que tinha um clima mais "setentista" e, por último, um experimental, alá Mutantes, o "Costa do Marfim". Depois de tantas mudanças e conquistas, quais os planos para o futuro? Os planos para o futuro recente é lançarmos o sucessor do Costa do Marfim, que vai mais fundo no direcionamento eletrônico que adotamos. Mas, a longo prazo, devemos continuar na eterna busca pela renovação e pela reinvenção, a nossa maior preocupação é se manter relevante sem nunca se repetir. Fora isso, daqui a pouco a banda faz 20 anos, e fazer um documentário também é um sonho a se realizar.

2. A banda já foi, nitidamente, influenciada pelos Stones e, em fases posteriores, por bandas como Tame Impala. Hoje em dia, o que tem influenciado no som que a Cachorro Grande faz? O Tame Impala apesar de não ser mais uma banda tão nova, foi uma das últimas que a gente chapou de verdade. Tem outros projetos da turma que toca com o Kevin Parker que também são interessantes, como o Pond. E andaram pintando umas bandas boas aqui no Brasil que também chaparam nesse revival psicodélico, o The Outs do Rio é muito bom, o Trem Fantasma de Curitiba é excelente. Também curti o disco Ghost of a Saber Tooth Tiger, projeto também calcado na psicodélica do Sean Lennon. E o Kula Shaker acabou de lançar um disco inacreditável também.

3. Qual o álbum que a banda sente mais orgulho? Porque? Eu particularmente me orgulho de todos. O último disco sempre é um caso de amor e eu estou orgulhoso dele que ainda nem foi lançado. Mas posso dizer que os dois primeiros discos foram muito difíceis de realizar. Foi uma fase de muita incerteza e sangue nos olhos, e a gente não sabia o que ia acontecer no amanhã.

4. Qual foi o melhor show que vocês já presenciaram? O melhor show que eu já assisti na vida foi os Rolling Stones no estádio do Beira Rio em Porto Alegre. Eu assisti o show aqui em São Paulo também, e na Argentina em 2006, mas o de Porto Alegre foi realmente especial.

5. Vocês já abriram os shows de bandas como Oasis, Iggy Pop, Titãs e Rolling Stones. Teve alguma banda que foi mais memorável? Porque? Então, o show dos Stones em Porto Alegre que nós abrimos foi a ocasião mais memorável definitivamente. Eles são nossa maior influencia declarada, e foi um privilégio poder olhar nos olhos deles, bater uma foto com eles e trocar algumas palavras. Além de ver de perto toda a estrutura da maior banda de rock do mundo. Então por isso tudo foi realmente muito especial.

6. Como vocês definiriam a banda atualmente? Nós sempre gostamos de nos definir simplesmente como uma banda de Rock. Nunca carregamos a bandeira do famigerado Rock Gaúcho, nem nenhum outro tipo de rótulo. O Rock é universal e não tem restrições, por isso é a melhor definição.

7. O Rock no Brasil tem ficado, ano após ano, mais distante das listas de "mais tocadas" das rádios. Vocês teriam alguma explicação para isso, afinal, vocês já tocaram bastante nas rádios. Existe alguma solução ou é apenas uma fase? Os tempos são outros. Tudo no mercado da música está em constante mutação. E o melhor a fazer é não lutar contra o inevitável e se adaptar sempre. A grande maioria dos espectadores do rádio são aqueles que consomem o que lhes é enfiado goela abaixo. A rádio não é mais um lugar para se buscar música nova. A música nova que toca na rádio é igual a anterior.

8. Tem alguma banda que vocês gostariam de recomendar para o público da Muito Além do Microfone? Eu recomendo o Almendra do gênio argentino Luis Alberto Spinetta. O Almendra está para os argentinos mais ou menos como Os Mutantes estão para o Brasil. Abraço!

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