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Bruce Dickinson sobre apresentações em meio a terrorismo: "Eu tocarei, não importa o quê."


O vocalista do Iron Maiden, Bruce Dickinson, tem estado ao redor do mundo muitas vezes ao longo de sua carreira, sendo com seu trabalho solo ou com o Iron Maiden. O cantor se aventurou na zona de guerra de Sarajevo, cidade capital da Bósnia, em 1994, com sua banda solo. Agora ele teve a oportunidade de contar um pouco em entrevista recente, seus pensamentos sobre a experiência de estar em turnê em lugares com terrorismo.

Em um novo documentário, "Scream For Me Sarajevo" (grite para mim, Sarajevo), temos crônicas sobre o show e Dickinson falando sobre a experiência para um programa da Radio Sarajevo, intitulado, The Aebyss, em dezembro de 2015. Quando perguntaram a ele sobre como era saber que se está indo à uma zona de guerra com a turnê mundial do Iron Maiden, ele disse:

"Personally, yeah, I’ll play no matter what. Your concern has to be, actually, for people who don’t have a choice in the matter. I mean, it was my choice [in 1994] — actually our choice, collectively, ’cause we all, collectively, said, ‘Yeah, we’re all crazy enough to try and do this thing and drive into Sarajevo in the middle of a war and see if we can do and do a gig. And [laughs] we’re not quite sure when we’re gonna come back.’ But those poor people that went for that [Eagles of Death Metal] concert at the Bataclan [in Paris, France] had no choice; they were completely, completely innocent in every possible way.”

Tradução:

"Pessoalmente, sim, eu vou tocar não importa o quê. A preocupação deve ser, na verdade, sobre as pessoas que não tem escolha. Quero dizer, em 1994, foi minha escolha. Na verdade, escolha da banda, de modo coletivo. Porque todos nós decidimos juntos e pensamos 'Sim, nós somos todos loucos o sucifiente para tentar fazer isso, dirigir até Saravejo, no meio de uma guerra e veremos se conseguimos fazer algo. E – risos - não temos certeza de quando vamos voltar.' Mas aquelas pobres pessoas que foram ao Eagles Of Death Metal no Bataclan, não tiveram escolha; elas são completamente inocentes em qualquer sentido possível."

Dickinson passou a discutir como e quando decidir sobre fazer shows ou cancelar, acrescentando:

“And, of course, nobody knew that the place was gonna get targeted. So, unfortunately, there’s a judgment call that people have gotta make and you have to make it on the best information available — as to whether or not you’re suddenly gonna get… If somebody says, ‘We’re gonna massacre everybody at a rock concert,’ you say, ‘Well, is it some lunatic, or is it genuinely credible that this might happen?'

Tradução:

"E, é claro, ninguém naquele lugar sabia que seria um alvo. Então, infelizmente, há uma chamada de julgamento que as pessoas devem fazer e você também deve fazer da melhor maneira possível... - quanto a saber se você vai ou não ficar - . Se alguém diz "Nós vamos ser massacrados em um show de rock", você diz "Bom, isso é meio lunático...ou é algo assim realmente poderia acontecer?"

“You can’t take the responsibility for what might be some lunacy, massacring people, just because you wanna be kind of ‘macho man’ and stand up and say, ‘Ah, yeah, yeah, yeah, we did this and people threatened us, but we were like macho men,'” advertiu ele, explicando, “And that’s great until one day it turns out that somebody does go and do [something like that] and then you have lots and lots of dead women and children, and you go, ‘Maybe we shouldn’t have done the show, because there was a credible threat.’ So, unfortunately, you’ve gotta be grown up about it. But, at the same time, you still need to be able to offer people that hope and send that message out there. They can’t stop… Real life just carries on.”

Tradução:

"Você não pode pegar a responsabilidade por algo que pode ser lunático, massacrar pessoas, apenas porque você quer ser um valentão; parar e dizer 'Ah sim, nós fizemos isso, as pessoas se sentiram ameaçadas, mas afinal, somos valentões," "Isso é ótimo até que um dia se descobre alguém que simplesmente foi e fez (algo deste tipo), e então você tem inúmeros homens, mulheres e crianças mortos, e você vai, 'Talvez não deveríamos ter feito o show, porque existia uma ameaça', então, infelizmente, você tem que ser maduro sobre isso. Mas, ao mesmo tempo, você ainda precisa ser capaz de oferecer esperança e mensagens de apoio ás pessoas que ficaram. Eles não podem parar...a vida real apenas continua."

Falando detalhadamente sobre crescer num tempo onde o Exército Republicano Irlandês e o Reino Unido estavam envolvidos no conflito Campanha Border levando a inúmeros atentados, o vocalista declarou:

“People just got on with it and carried on. You don’t stop. You don’t back down from living your life. And that was the message in Sarajevo — that in all the craziness, this little bastin of rock an rool and kind of normality happened, for five minutes, in the middle of it. . You know, yeah, you know what? There is light at the end of the tunnel there. So all those kinds of things are acts of defiance, but not involving guns or bombs or bullets and things like that.”

Tradução:

"As pessoas esperam tudo acabar e depois seguem a vida. Você não para. Você não pode recuar de viver sua vida. E essa foi a mensagem em Saravejo – que, em toda aquela loucura, aquele evento de rock aconteceu e consequentemente, uns minutos de normalidade vieram com ele. Você sabe sim, que no fim do túnel há uma luz. Assim, todos esses tipos de coisas são atos de rebeldia, mas não envolvendo armas, bombas ou coisas assim."

O documentário "Scream For Me Sarajevo" foi escrito por Jasenko Pasic e produzido pela produtora Prime Time.

O Iron Maiden está em turnê para divulgar o The Book Of Souls, álbum lançado ano passado. Turnê esta que já passou por 36 países. A banda passou por um susto quando seu avião foi seriamente danificado em um acidente no chão. A embarcação foi equipada com dois novos motores de jatos e considerado pronto para decolagem após uma semana do incidente.

Veja abaixo o vídeo da entrevista:

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