Resenha: Festival Feeling Pro Rock mostra que o movimento resiste!
Festival contou com 30 bandas que agitam a cena underground do rock paulista.
No último sábado passado, 16, aconteceu o Feeling Pro Rock, organizado pela Feeling Produções, no espaço Victory, na Penha em São Paulo.
Dividido em dois palcos, o evento teve cerca de 10 horas de duração, com o melhor do gênero rock de São Paulo. Cerca de 30 bandas apresentaram o seu trabalho com singles e músicas que marcaram a história de cada uma. A line up foi recheada com grandes bandas conhecidas pelo país e também com as menores do underground, mas que são consideradas grande aposta e que em questão de tempo, tomará reconhecimento e proporções maiores.
Todos ali no festival tinham o seu espaço. As bandas menores tocaram no começo do evento, das 11 até ás 17 horas. Já as mais conhecidas tocaram a partir das 18 horas, para dar maior gás e energia á noite que se tornou épica.
Confira agora fotos e um resumo da apresentação das bandas que fazem parte da playlist cotidiana dos roqueiros paulistas.
Medulla
A dupla de gêmeos cariocas composta por Keops e Raoni, formada em 2005, têm feito muito sucesso em São Paulo, seja pela apresentação de palco, quanto pelas suas composições que focam em temas habituais, estabelecendo uma filosofia musical que engloba diversos públicos.
Hits como “Paralelo ao chão”, “Bom te ver”, “Gasolina, gás e prego” e “Gosto de guarda-chuva”, foram o destaque da banda no palco 1.
Toledo, guitarrista da Supercombo, também subiu ao palco e agregou mais valor tocando duas músicas com Keops e Raoni.
Muita gente ali não conhecia o trabalho da dupla e logo depois se encantaram com toda a reflexão e presença de palco, além da humildade dos dois quando alguém pedia para tirar uma foto com eles ou até mesmo trocar uma ideia.
Se você ainda não conhece a dupla vale a pena conferir o som dos caras.
Gloria
Quem é fã ou conhece as músicas do Gloria sabe que a banda está com muitas novidades, afinal, eles estão em estúdio fazendo a composição do novo disco, Quinto, o 5º álbum de estúdio.
Como de costume, incensos, bandeira do Brasil e sua toalha da sorte, Mi Vieira, vocalista da banda, passou toda a sua positividade e força no palco 2.
Hits como “Minha Paz”, “Pétalas”, “A Arte de Fazer Inimigos” e “É Tudo Meu”, levaram o público á euforia. O show foi contagiante, os integrantes se jogaram literalmente no palco e todos cantaram todas as músicas com toda a emoção e ódio que a banda passa.
Vespas Mandarinas
Criada em 2009, Vespas Mandarinas é liderada por Thadeu Meneghini, no vocal e baixo, Chuck Hipolitho, na guitarra e André Dea na batera.
A banda que é bem conhecida entre os paulistas roqueiros tocaram todas as músicas do primeiro álbum de estreia, "Animal Nacional". Além disso, este foi o álbum que teve indicação ao 14º Grammy Latino na categoria "Melhor Álbum de Rock Brasileiro", em 2013.
A galera entrou na vibe, cantou e dançou todas as músicas. A interação dos integrantes com o público ficou por conta de Thadeu, que vezes ou outra conversava com a galera e fazia caras e bocas, dando maior expressividade e carisma no palco 1. E não foi só isso, não pense que Chuck e André ficaram de fora, eles representaram muito bem suas funções tocando lindamente.
Mesmo com a maioria do público da noite voltada ao palco 2, porque em seguida quem tocaria seria a Fresno, todos deram maior força cantando e incentivado a banda em apresentação.
Fresno
Uma das bandas mais conhecidas em todo o país e esperada da noite foi sem dívida nenhuma a Fresno.
Após o nascimento de sua filha Sky, o vocalista Lucas Silveira tem tido maior respeito e os shows da banda seguem mais calorosos por toda a evolução na história da banda e da cena.
Com a tour de 15 anos, a banda tocou seus singles mais conhecidos e algumas do último disco. “Eu sou a maré viva”, “Diga, parte2”, “Redenção”, Manifesto”, ”Acordar” e “Duas Lágrimas” fizeram o público explodir e se emocionar com força.
Ao final, Lucas agradeceu ao público que compareceu e disse que o movimento não pode parar, que todos continuem participando e assistindo a shows de bandas menores, pois todos são super talentosos e que sim, o Brasil tem muita banda boa e qualidade musical.
NX Zero
Além da Fresno, NX Zero também foi muito aguardado e teve o poder de encerrar a noite no palco 1. Com a tour Norte, a banda começou o show com a música “Pedra Murano”, seguida de “Não é normal” e isso fez os fãs ficaram histéricos. Seguida por uma setlist que contou com muitos singles antigos e de seu novo álbum intitulado “Norte”.
O espaço também foi estilizado, com a decoração e logo do novo trabalho, dando todo o contraste vermelho e preto com o figurino dos integrantes. Passando assim um show completo, especialmente para os fãs que queriam ouvir as músicas novas e conhecer as novas performances ao vivo.
Participações especiais:
Na noite, podia-se encontrar muita gente da cena, além dos integrantes das bandas que se apresentaram. Quem tinha acesso á pista vip poderia conferir de pertinho todo os shows em ambos os palcos.
Além disso, podia cruzar com a galera da cena independente super talentosos que pela massa ainda são desconhecidos, mas para quem é do movimento já conhece há tempos como Alexandre Neko do Tópaz, Johnny, ex baixista do Glória, Toledo, da Supercombo, Rodrigo Alarcon, do projeto Parte entre outros.
Foi uma noite de sábado muito especial para os roqueiros paulistas da cena underground, onde muitos puderam curtir o show de sua banda preferida e outros também conheceram novos sons e formaram novas amizades.
Foi sucesso total e lotação máxima de público. Esperamos que tenha mais edições. Viva o movimento!
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