Corey Taylor fala sobre a evolução do Slipknot, planos para o futuro, turnê com Marilyn Manson e mai
Corey Taylor, o vocalista do Slipknot e do Stone Sour foi o convidado do programa de rádio Full Metal Jackie's no último fim de semana. Durante a entrevista, o vocalista falou sobre os rumores de sua saída do Slipknot e a evolução da banda. Ele também falou sobre seus planos para o futuro e falou um pouco sobre a próxima turnê do Slipknot com Marilyn Manson. Vocês podem conferir a entrevista abaixo, traduzida do site Loudwire:
Obrigado por estar aqui no programa mais uma vez.
É sempre um prazer.
As mídias sociais ultimamente tem falado sobre a possibilidade de você sair do Slipknot um dia. Tiveram umas mudanças sobre essa informação, mas, o que primeiramente você pensaria antes de realmente fazer isso?
Eu faço isso a cada dois anos. É isso que as pessoas esquecem. Eu fico longe do Slipknot para ficar no Stone Sour o tempo todo. Era sobre isso que eu estava falando, quando começaram esses rumores. Eu estava falando sobre o tempo fora e eu estava falando me dando uma chance para recuperar o fôlego e deixar Slipknot ter um descanso também. O irônico é que, na mesma entrevista que eu estava concedendo ao Daniel P Carter, eu falava sobre o que eu chamo de "cortar e colar o jornalismo" e isso aconteceu comigo naquela entrevista. Levaram algo tão fora de contexto para o ponto onde Metal Hammer disse que eu estava saindo! Eu fiquei tipo, sério? O que vocês estão fazendo? Foi tão estúpido, eu nem consigo descrever a minha reação. Finalmente, eu tive que recorrer ao Twitter e explicar que eu não estou saindo do Slipknot. Que eu estava falando sobre meu tempo afastado, apenas. Por favor, entendam melhor o contexto das coisas. Isso foi tão ridículo.
Como você imagina a evolução do Slipknot agora comparado a primeira turnê?
Engraçado você me perguntar isso, porque é algo que eu, o Palhaço e Jim vínhamos conversando nos últimos meses. Tipo, onde estamos indo? Essa banda sempre procurou passar pelos caminhos menos percorridos. Nós sempre procuramos expandir a música que fazemos e procuramos novas maneiras de falar sobre paz, procuramos novas maneiras de passar nossa mensagem. Sempre chega um momento onde a música precisa evoluir. Desde o primeiro dia do novo álbum eu penso que esse é o momento. Nós temos feito coisas maravilhosas para expandir os horizontes da nossa música. Ao mesmo tempo, em algum momento temos que mudar mais ainda, afinal, a batalha nunca acaba. Quando nós vencemos a guerra? Quando essa guerra acaba, assim como os conflitos internos? Quando que você sente que falou tudo o que você precisou ser dito?
Eu não estou dizendo que as coisas que estão ao meu redor estão vindo para me irritar, eu não quero ser considerado o cara velho que só quer ouvir a ele mesmo. Eu realmente nunca quero me sentir assim. Só que ao mesmo tempo, a mensagem passada precisa mudar. Isso faz parte do Slipknot? Sim. Nós estamos escrevendo um certo tipo de música e até mesmo pensando que essa música vai ser bem eclética e variada, mas ainda sim considerando o tipo de música que há na raiz do Slipknot. Ao mesmo tempo que queremos manter o que a banda tem de bom, sabemos que alguns discursos nossos precisam mudar. É difícil você manter um discurso para alguém quando ele não funciona mais para você mesmo. Se você tivesse feito essa pergunta para mim quando eu tinha meus 25 anos, eu diria que você está louco. Mas agora, eu com 42 anos eu olho para tudo o que nós já fizemos e é interessante. Tem um mundo inteiro de possibilidades para nós.
Fale um pouco para nós sobre a turnê do Slipknot com o Marilyn Manson, que foi recentemente anunciada e é um lineup bem bacana.
Achamos que a turnê vai ser bem, bem legal. Nós estávamos pensando o que fazer para o verão e Manson meio que estava na mesma. Nós estamos pensando agora em algo bem incrível para fazer nessa turnê. Estamos dispostos em encontrar algo juntos e estamos bem animados.
Culturalmente e musicalmente, o que é mais subversivo: Slipknot ou Manson?
Eu não tenho certeza, para ser honesto. Então eu diria que os dois estão no mesmo nível, não necessariamente somos subversivos sobre não ter medo de falarmos o que pensamos, na verdade, não temos medo de fazer o tipo de música que queremos e dizer o que queremos dizer, sem nos preocuparmos se isso é popular ou não. Eu acredito que seja isso que nos mantém no mesmo nível. Nós não seguramos nada quando vem às nossas mentes, sempre pensamos em compartilhar com os nossos fãs. Acredito que seja por isso que nossa banda funciona tão bem.
Quando as pessoas perguntam sua opinião sobre política, racismo ou qualquer um desses assuntos polêmicos, quanta responsabilidade você sente em responder, pensando que o fato de você ser um artista sua opinião vai afetar muita gente?
É uma ladeira escorregadia falar destes assuntos hoje em dia [ risos ]. Por um lado, as pessoas realmente querem saber sua opinião sobre determinadas coisas, porque provavelmente elas estão tendo dificuldades para descobrir por si mesmas e então elas vão respeitar sua opinião. E também tem aquelas que só perguntam a sua opinião para poderem reagir com a delas. Tudo o que você pode fazer é apenas dar sua opinião e defender o que acredita. E isso deve ser exatamente onde sua responsabilidade termina.
Eu não vou sair por aí fazendo campanha para ninguém. Eu apenas sei quem me parece o mais – Eu não quero dizer politicamente correto, mas eu sei quem eu apoio apenas me baseando na vibe que essa pessoa passa e no fato de eu concordar com as coisas pela qual essa pessoa luta e o que ela defende. Eu tenho a tendência de ir com pessoas que tem seus conceitos morais em alta e acredito que seja a maneira certa. Então é esse tipo de pessoa que eu apoio. As pessoas podem discordar de mim o tempo todo, que isso não significa que eu vou mudar o que eu penso.
Eu imagino que você tenha várias coisas acontecendo na sua vida, então eu preciso perguntar sobre seus planos para o futuro.
Eu tenho ensaiado com a Stone Sour e trabalhando em material para um novo álbum. Estou também trabalhando no meu quatro livro chamado America 51, o qual meu editor está trabalhando loucamente apenas pelo momento da nação. É quase apropriado demais. Eu tenho um punhado de coisas para fazer que eu não posso contar agora porque é meio que uma surpresa. Foi uma surpresa até para mim, então vamos colocar dessa maneira. Eu tenho muitas coisas que quero fazer no horizonte no meu tempo de folga entre as turnês. Então, meu ano está cheio de muitas coisas boas.
Parece legal mesmo. Obrigado pelo tempo cedido para a entrevista.
Eu que agradeço, é sempre legal falar com você.