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Resenha: Rio Novo Rock (Maio) - Memora e Versalle


Já é de costume que em toda a primeira quinta-feira do mês, o Imperator (Centro Cultural João Nogueira - Méier, Rio de Janeiro) se veja tomado por camisas pretas e rodas punk. É o Rio Novo Rock, um evento do Imperator em parceria com a Rádio Cidade.

Na edição desse mês, tivemos a Memora (RJ) e a Versalle (RO), conhecida por ter sido finalista do Superstar.

Uma coisa importante de se pontuar antes de qualquer outra, é que foi uma das edições que mais trouxe público.

O DJ já começou a animar a noite tocando vários sucessos do rock, o que tornou o ambiente bem legal para um pré-show.

O show da Memora começou, e do jeito que começou, ele foi até o final: impecável. Um som limpo, onde se era possível ouvir todos os instrumentos individualmente e também a voz do vocalista. Apesar de algumas reclamações do vocalista com relação a retorno de voz, o desempenho foi muito bom. Uma interação muito legal com o público por parte da banda e sendo devolvida pelo público. Foi um show regado de energia e talento. Uma novidade muito interessante nos shows da Memora é a utilização de teclado e sintetizador. Funcionou muito bem, agregou bastante à apresentação, tornou as músicas mais dinâmicas ao vivo. O show da Memora é uma mistura linda de pop, soul, rock e tudo isso funciona muito bem no som deles.

Um dos momentos mais legais do show foi durante a música "Como Você Me Vê", pois a participação do público cantando o refrão e balançando os braços deixou o ambiente bem bonito. O show foi fechado de maneira incrível. "Ela", o hit da banda, contou com a participação do guitarrista da banda Verbara, Iuri Nascimento, e também, o momento final contou com uma linda versão orquestral de "Quando Tudo For Pra Sempre", com direito a violinos e violoncelo. Definitivamente um ótimo show.

Logo após um esvaziamento do local, tivemos o início do show da Versalle. Apesar de a casa ter esvaziado consideravelmente, a apresentação da Versalle contou com o apoio de um público bem animado perto do palco, que interagiam bastante, tanto com a banda, quanto entre si, quando abriam as rodas punk (que foram muitas). Foi um show incrivelmente coeso e um repertório bastante uniforme. "Marte" e "Modelo Adequado" foram as canções que deram início ao rock da Versalle na noite no Imperator. Ambas as canções com um som bem sacolejado e com bastante participação do público, o que contribui sempre positivamente para as apresentações das bandas.

Em "O Que Fazer", o som pesado e as guitarras cheias de distorção tomam conta da casa. Já caminhando para um momento mais inspirado da apresentação, "Dúvidas" vem com um instrumental cheio de influências do rock progressivo e que foi executado pela banda de maneira incrível. "Mente Cheia" finalizou a noite de maneira memorável. Os fãs invadiram o palco – algo que se tornou comum nas edições do Rio Novo Rock, porém, nas outras edições o público havia sido convidado pelas bandas a tal atitude, o que não aconteceu nesta edição, porém a Versalle lidou com muita simpatia, executando a música junto com a galera, tirando selfies e tudo mais – e foi um momento bonito de se ver, de interação entre público e banda.

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