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Resenha - Folks Convida!


No último domingo, 22/05/2016, ocorreu, na Planet Music, esse local icônico da cena do rock carioca, o "Folks Convida: Cândido, Universo, Verdant e Ollie" e a equipe MADM esteve lá para conferir. VERDANT

Arthur - Antes de opinar sobre a apresentação em si, gostaria de afirmar uma coisa: O cara canta muito! Tem que ter, parafraseando alguém que estava no evento, culhão, para cantar o que ele cantou. A banda mesclou covers de Arctic Monkeys, Muse e Aerosmith com músicas autorais, o que fez o público interagir bastante. Isso mesmo, o cara cantou Muse e Aerosmith!

O show começou com um cover da dançante "I bet you look good on the dancefloor" do Arctic Monkeys e, foi um começo bem energético! A banda mostra um som que por vezes lembra o rock dos anos 90, mas, por exemplo, na segunda música da apresentação, eles lançaram uma que era um meio termo entre prog e pop rock. Por sinal, uma puta música. Depois lançaram "Plug in baby" do Muse. Eu, definitivamente, não esperava que fosse ficar tão boa! É uma música difícil de se tocar em grupo e com um vocal mais difícil ainda! A banda se mostrou bastante competente! Teve aquele momento clássico de show, em uma música autoral, onde todos levantam os celulares em uma música que faz alusão à luzes. Foi um momento interessante. Aí veio ela, "Dream On" do Aerosmith. Não ficou 10/10, infelizmente. A guitarra parecia desafinada, o vocal, em dados momentos, não alcançou o tom da música e a Planet em si não ajudava na parte técnica. Todavia, no mínimo, um 9,5/10! Essa banda tem um belo futuro pela frente! Uma das melhores apresentações que vimos esse ano.

OLLIE

Arthur - Vocês sabiam que já entrevistamos eles? Curte aí: http://goo.gl/hWAc3k

Laura- A Ollie fez uma apresentação extremamente competente e que manteve a animação do público que tinha acabado de assistir a um show muito bom da Verdant. A participação do público no show foi bem evidente e isso sempre é importante para a dinâmica de uma apresentação ao vivo.

Muita energia do começo ao fim, a bateria forte e a guitarra com bastante destaque. O som da banda funciona muito bem ao vivo. Eu nunca tinha presenciado um show deles e achei que foi tudo bem coeso, amarradinho. A banda tocando como um só, a conexão entre vocal e instrumentos...uma banda pronta.

O vocalista com bastante presença de palco e uma atitude bem característica de vocalistas de bandas punk dos anos 90, achei interessante. É o tipo de banda que deixa bem claro que um bom rock não precisa de muita coisa além de talento e dedicação.

BALBA

Arthur- A Balba é uma banda que me surpreendeu pelo contraste. O vocalista era o esteriótipo do Sid Vicious, ou de algum punk dos anos 70. Contudo, entre Sex Pistols e Supla, o estilo da banda se mostrou mais Supla. A banda cantou em inglês a maioria das músicas (ou todas, se não me engano) e a banda era muito bem arrumadinha. Mas, nem tudo são rosas. Por mais que a camisa do vocalista fosse irada e a gente quisesse descobrir onde o baixista comprou a calça dele, a apresentação não contagiou tanto. O volume da banda estava bem menor, em comparação com as apresentações anteriores, e a vibe deles é, digamos, menos "impactante" que às das bandas Ollie e Verdant. A banda é muito boa, faz um estilo de música que me agrada, um pop rock/indie bem competente, com influências oitentistas, mas o evento não colaborou. Talvez se a ordem das bandas tivesse a Balba de início... Acontece. Ótima banda, no fim das contas!

CÂNDIDO

Arthur- Meu Deus. Como eu amo o som dessa banda. A apresentação foi bem parecida com a que presenciei no Teatro Odisséia, que comentamos AQUI,mas nessa pude ter um ar mais crítico, já que foi a segunda que vi. A banda faz um dos shows mais contagiantes que já fui,sendo dançante desde o início, começando com a ótima "Deu Vontade". Um dos comentários que escutei durante o show fazia uma comparação da banda com Arctic Monkeys e Red Hot Chili Peppers. Eles têm o swing do Arctic e o "funkeado" do Red Hot! Isso, aliado à presença de palco explosiva do vocalista, que em muitas horas lembra o famigerado passinho do romano, junto com o resto da banda, e das músicas com refrãos marcantes, não têm como fazer um show ruim! A parte mais memorável do show foi, sem dúvida, o BIS de "Depois do Cinema". O público pediu, todos cantaram juntos e, sem dúvidas, foi um dos momentos da noite! A equipe teve que me aguentar cantarolar essa música durante uns 30 minutos após a apresentação deles. PS: 30 minutos, apenas, porque começou o outro show!

FOLKS

Laura- Após todas as bandas convidadas do evento fazerem seu trabalho, foi chegada a hora do Folks. A banda entrou bem animada para fazer um som, o que já tinha sido comentado por eles durante a semana enquanto divulgavam o evento na fanpage. Depois de uma introdução bem bacana, o que é, inclusive, um diferencial da banda, o show começou com "A Casa dos Lugares", que é uma das músicas mais lindas e emocionantes do disco deles. Mesmo com o público já cansado, a banda pôde contar com uma bela participação da galera, principalmente nessa música, que geralmente nos shows deles é uma das mais cantadas.

Um dos momentos mais memoráveis do show, sem dúvidas, foi quando a banda tocou uma música nova, intitulada "O Corte" (ótima, com um refrão que combinou bem com a melodia e nos deixou bem afim de fazer uma resenha desse próximo álbum) e logo em seguida tocaram "Sei", uma música que eles mesmos contaram que não colocavam na setlist há algum tempo, mas foram descobrir pelo Spotify que é a música mais ouvida deles na plataforma de streaming.

Na música "Até O Mundo Cair", a banda contou com uma troca de guitarrista. No lugar do Luca Neroni, rolou a participação do Sérgio Sessim, grande amigo dos caras da banda e o resultado foi bem legal. O show foi finalizado com a "Muito Som", que já pode ser considerada uma clássica da banda. Foi a primeira deles a ter um videoclipe, e, segundo o que já foi dito pelo vocalista Kauan Calazans em entrevistas, a música contagia tanto o público, que em shows antes do lançamento do disco as pessoas já cantavam a música. É um momento do show onde o vocalista costuma passar alguma mensagem sobre amor e vibrações positivas, sempre muito emocionante e bonito.

Apesar de alguns problemas nos instrumentos e no microfone por conta da própria casa de shows, a banda fez um ótimo trabalho, melodia ao vivo super coesa, foi um lindo show. Foi bonito de ver também que as pessoas ficaram até o fim para ver o show do Folks e que mesmo com os probleminhas técnicos, insistiram ali e não baixaram o ânimo. Importante destacar também que quando acontece esse tipo de coisa durante um show e membros de outras bandas se colocam disponíveis a ajudar, é muito lindo. É a cena vivendo, de fato. E durante um desses momentos, eu pude ver dois integrantes da Cândido indo até o palco e prestando ajuda ao vocalista Kauan Calazans. Isso é legal demais.

O evento foi um sucesso, mesmo com a casa de show não ajudando muito. Todavia, Planet é Planet. É como aquele barzinho de esquina, todo esculhambado, feio, mas, que você adora estar lá. Todos os shows foram bons, alguns mais agitados e outros menos, agradando a maioria do público presente. Só faltou a UNIVERSO, que não sabemos porque não foi. Fica o mistério "hohohoho".

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