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"Sinto muita falta de John Lennon", diz Paul McCartney


O ex-beatle Paul McCartney lançou recentemente uma nova coletânea, intitulada "Pure McCartney", e têm concedido muitas entrevistas por conta do processo de divulgação do lançamento.

E o lançamento de projetos como este rendem um clima bastante nostálgico. Por conta disto, as entrevistas recentes têm tido muitas histórias do passado contadas por Paul. Em nova entrevista divulgada pela NME, o lendário McCartney falou sobre seu processo de composição.

Além disso, Paul também falou sobre a falta que seu amigo John Lennon faz para ele. Na entrevista, o lendário ex-beatle fala sobre tudo de maneira bastante humilde e simpática.

"Você nunca consegue acertar o ponto. Eu não sei como fazer isso. Você pode pensar que eu sei, mas não é uma dessas coisas que você realmente sabe como fazer," declara sobre o processo de compor músicas. E continua: " Aí depois eu trabalho em cima disso, como se estivesse fazendo uma redação ou jogando palavras-cruzadores. Esse é o sistema que eu venho usando desde sempre, que é basicamente ficar tocando violão e procurando por algo que sugere uma melodia. Talvez uma letra, se estiver com sorte."

Sobre John Lennon, McCartney diz: "Obviamente, eu sinto muita saudade de trabalhar com John porque era algo muito especial e sabemos o quanto é difícil repetir isso. Na verdade, é quase impossível, porque a gente se conheceu ainda adolescentes e vivemos muito da vida juntos: pedindo carona para chegar até Paris, as festas, trabalhar junto, passar um tempo em Hamburgo junto com os Beatles. Então éramos muito íntimos, a gente se conhecia intimamente como só amigos de infância conseguem."

E então, para finalizar a entrevista, ele fala um pouco sobre sua motivação para continuar a compor.

"Eu realmente gosto disso. Eu me divirto. Digo, quando consigo um dia de folga e de repente tenho um bom tempo livre, eu procuro fazer aquele tipo de coisa caseira – eu vivo numa fazenda - então procuro sair para um passeio à cavalo ou algo do tipo. Mas depois que já fiz as coisas que queria fazer e ainda tenho algumas horas à tarde, eu costumo ir naturalmente para o piano ou o violão e eu me sinto meio que escrevendo uma música. É como um hobby, e é um hobby que acabou virando uma forma de sustento. Mas eu gosto de pensar dessa maneira e algumas vezes me provoco dizendo 'Você está levando isso a sério o suficiente? Talvez deveria se esforçar um pouquinho mais'."

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