Resenha: The Getaway – Red Hot Chili Peppers (2016)
A resenha dessa semana é sobre um álbum que mal saiu e eu já considero pacas. É o décimo primeiro álbum de estúdio do Red Hot Chili Peppers e foi lançado na semana passada, mais precisamente, no dia 17.
O álbum é composto por 13 faixas, sendo que destas, 3 foram lançadas pela banda antes do lançamento do álbum. Além das 3 faixas, um videoclipe também foi lançado. Vou colocar aqui mais abaixo para vocês os áudios oficiais e o videoclipe.
A música que abre o disco é a faixa-título, “The Getaway”. Uma melodia simples, porém criativa. É uma música calma, mas que surpreende no final, quando são acrescentados à melodia algumas influências de música eletrônica que são mescladas com riffs. Em seguida temos “Dark Necessities”, que começa com guitarra e baixo muito bem trabalhados e depois mistura a introdução com uma melodia dançante que se dá de uma mistura de elementos eletrônicos com o baixo e a guitarra. Além disso, música tem um solo de guitarra muito bem feito por Josh Klinghoffer e um refrão contagiante. É uma das melhores do álbum, sem dúvida.
Videoclipe de Dark Necessities:
We Turn Red é a terceira música do álbum e conta com uns ótimos riffs de guitarra no começo, uma batida dançante e tem uma leve influência de pop rock. Os riffs lembram um pouco os de “Can’t Stop”, grande hit da banda, só que de maneira mais lenta. A melodia não têm muita evolução no decorrer da música, mas é uma boa faixa. Em seguida temos The Longest Wave, que é uma das faixas mais interessantes do álbum. Tem uma forte influência da música country na melodia, o que foi bem diferenciado do que a banda costuma fazer. É uma faixa bem calma mas que tem um refrão ótimo e melancólico. A influência do country torna a música um rock progressivo muito bom de ouvir.
Áudio oficial de We Turn Red
Goodbye Angels é a quinta faixa do disco e traz uma introdução com uma melodia que chega perto do som da banda que quem conhece já está acostumado. Isso fica bem perceptível pela característica vocal do Anthony Kiedis. É uma melodia bastante criativa, mais uma que mistura elementos diferenciados junto com o baixo já conhecido de Flea e os outros instrumentos como um todo. Diante de um álbum que trouxe muitas influências novas ao som da banda, essa faixa foi uma das que mais se manteve no som ao qual os fãs já estavam acostumados a ouvir. Tem um momento onde acontece algo tipo um solo conjunto de baixo e guitarra e é absurdamente excelente.
Sick Love é a sexta música e é uma das mais legais, na humilde opinião desta que voz escreve. Traz uma melodia bastante tranquila e dançante ao mesmo tempo. É também bastante diferente do que a banda costumava fazer, mas essa quantidade de inovações no som deles para este álbum foi algo muito bem executado. O som do baixo tem uma influência de surf music e tem também um uso muito legal do sintetizador. É um álbum muito bem trabalhado.
A faixa de número sete é intitulada Go Robot. Definitivamente a mais dançante do álbum. Forte influência da música dos anos 80. Melodia bastante divertida e refrão muito contagiante. A influência é tão grande que a música passa bem longe do som que os fãs costumam a ouvir, mas foi uma inovação bastante corajosa. Em seguida vem Feasting on the Flowers, uma faixa bem calma que tem uma melodia bem legal e uma batida dançante.
Detroit a nona faixa e é uma ótima música. Lembra um pouco o som da banda no “Californication”, na introdução. Ao mesmo tempo, a melodia mostra um pouco de influência de um rock mais indie, lembra algumas músicas do Arctic Monkeys. Continuando nessa vibe indie, This Ticonderoga é a décima faixa e abre a lista de melhores e últimas do álbum. A música traz na melodia uns riffs extremamente bons. Se tivesse que falar de mais uma banda sobre a influência nessa música, eu falaria The Strokes. Para alguns momentos da música, apenas.
Encore é a décima primeira faixa do álbum. É uma excelente faixa. É definitivamente o som do Red Hot que todo mundo conhece sendo muito bem mesclado com as novas influências da banda. Tem uma melodia simples, porém ótima. É dançante e tem um refrão muito contagiante.
A penúltima faixa é The Hunter. Traz uma melodia um pouco mais fechada, séria e melancólica. Tem uma leve influência de blues e um refrão bem forte. E a faixa que finaliza o álbum é Dreams of a Samurai, que dá continuidade à vibe mais dark e fechada. Tem uma introdução bem melancólica e uma melodia bastante interessante. O uso de elementos diferenciados como o sampler, acrescentou muito à melodia. É uma música bastante completa e emocionante. Fecha muito bem o álbum.
Ao que diz respeito às considerações sobre o álbum, de um modo geral, achei bastante criativo e maduro a banda trazer todas essas novas influências e continuar também fazendo o som que já é conhecido como o som do Red Hot Chili Peppers, achei que é um álbum ótimo, muito bem executado e produzido. Provavelmente quem não é fã vai conseguir curtir mais porque o público da banda é bastante protetor do som que a banda fazia nos primeiros álbuns, mas ainda sim acredito que vai agradar à muitos fãs também.