Resenha: Gustavo Bertoni – The Pilgrim (2015)
O frontman da banda Scalene lançou seu primeiro trabalho solo ano passado, intitulado The Pilgrim, com 10 faixas no total, e completamente em inglês.
Se você espera algo parecido com o som da Scalene, pode ficar animado, já que em alguns momentos o CD apesar de ter um formato diferente(ainda lembrando Scalene em alguns momentos), mais leve e com uma pegada mais down em quase todo o trabalho, e sem tirar toda a beleza dele, é impressionante a forma como o Gustavo conseguiu retirar mais de si mesmo, e ficar diferente, mas ainda assim com a personalidade musical do artista.
O CD começa com a “Black and White”, uma canção bem formada e com muito feeling, bem gostosa de se ouvir. Já a que vem a seguir, “Midnight Train”, é linda do começo ao fim, com uma pegada mais down, e com um piano que deixa a canção ainda mais pesada . Só se passaram duas músicas e já se sente mudanças muito fortes entre as músicas, e ainda há muito por vir...
Logo depois “What If I...” começa; Essa música do começo ao fim me fez lembrar de algumas canções de amor do Elvis Presley, simples, e ainda linda, apenas com voz e violão e uma melodia muito agradável, tipo de track que fica difícil de sair da cabeça. A próxima na ordem do CD “God?” mais uma música linda, e com uma explosão emocionante e sinceramente inesperada, como um pedido de socorro aos céus.
Chegamos na metade de The Prilgrim, em que “Old Friend” toca com o seu arranjo lindo, e a voz acompanhando algumas movimentações de nota na voz, o que deixou a música com um diferencial. Em “The Road” o piano volta a aparecer, mas dessa vez consegue não deixar a música pra baixo como as outras, mas foi a música que menos chamou atenção em todo o CD.
Na próxima canção de acordo com o CD, temos “The Man And The Wolf”, que tem uma pegada country e com a participação de um banjo. Em algumas músicas desse trabalho solo do Gustavo eu pude sentir uma mistura de ritmos e ao mesmo tempo a mão dele na junção de tudo isso, e isso ficou bem exposto em “Gutter”, que lembra bastante “O Legado” no momento em que a voz entra na música, e depois se mostra bem diferente, apesar de continuar sendo uma música boa de se ouvir.
Atenção: A canção a seguir pode causar melancolia por ser tão linda
Bom, vocês foram avisados sobre essa beleza de música, estou falando de “This’s One For You”, ela é linda do começo ao fim, em todo a sua construção, apesar de se parecer com “Silêncio”(Scalene) as músicas ainda são bem diferentes...próximo e ao mesmo tempo longe.
E pra fechar com chave de ouro, “Time”, que em alguns momentos soa como um blues, e então chega o refrão cheio de energia, essa música contém uma explosão de drives e energia que contagia.
O CD está disponível nas redes de streaming como YouTube e Spotify, dá uma passada pra conferir com os próprios ouvidos.