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Colégios ocupados continuam a ganhar força com apoio de bandas de rock


O movimento de ocupação de colégios vem ganhando força ao longo dos meses, onde alunos organizam atividades, apoiam a greve dos professores e pedem melhorias nas condições de ensino. Hoje são mais de 70 escolas ocupadas no Rio de Janeiro, que buscam ajuda de diversas frentes culturais para se manterem.

Nos dias 4 e 12 de Junho, o colégio Central do Brasil recebeu o incentivo de 16 bandas do movimento OCUPA ROCK. O evento arrecadou mais de 75 kg de alimentos e produtos de limpeza. A repercussão trouxe interesse externo, dobrando o número de alunos que aderiram e professores dando aula.

O OCUPA ROCK busca uma forma diferente de abordagem, onde através da arte e cultura, traz um ambiente político e pacífico. Todas as bandas possuem seus ideais, organizam o evento com parcerias e sem cachê, com o objetivo de ampliar o movimento, chamar atenção externa e buscar soluções para as reivindicações.

Muitos vêem como uma invasão aos colégios, conta Lucas Ripper - baixista da Beker.

"Tentamos fazer com que pessoas de fora tenham outro olhar em relação ao que está acontecendo, não é uma invasão, é uma luta por direitos que acima de tudo visa a educação." afirma.

Agora, diversas bandas que participam de movimentos como #acenavive e participaram do programa Superstar se reúnem em uma nova edição que será realizada nos dia 9 (Bandas Beker, Circus, The Supersonic Triangles, Verbara, NoveZeroNove, Canto Cego, Jane Lane, ForAnnie e VênusCafé) e 10 (Bandas A Fórmula, Cosmotron, Balba, FOLKS, Drenna, Facção Caipira - superstar -, Ladrão, Qu4rto Teto e menores atos) de Julho no CAPUERJ, um dos melhores colégios do Rio de Janeiro, que está ocupado há 2 meses e conta com mais de 70 alunos. A entrada será 1 Kg de alimento ou um agasalho, que será doado para mendigos através da ação "Underground Contra o Frio", produzida pelas bandas em parceria com a loja Rock' n Roll Laranjeiras.

"Ocupamos após inúmeras manifestações sem resultado algum e já estamos há 3 meses e meio sem aulas", conta Valeska - representante principal da ocupação do Cap UERJ. "Uma de nossas principais lutas é para a construção do bandeijão, que é de nosso direito. O espaço onde havia uma quadra poliesportiva (local onde estava previsto o bandeijão) foi demolido já faz mais de um ano, e nada mudou desde então."

O CAP também trouxe campeonatos esportivos, aulas de dança, palestras, festas juninas, mutirões de limpeza, oficinas de argila, debates e aulas exclusivas do curso pré-vestibular "Descomplica" para alunos do 3º ano, que farão vestibular nesse ano, tornando a ocupação também algo educativo para muitos e trazendo o apoio de pais e professores.

O OCUPA ROCK também será realizado nos dias 30 e 31 de Julho no ISERJ - Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro, que também está ocupado, pelos mesmos problemas que cercam a educação brasileira há anos, baixo salários de professores, falta de manutenção, aulas, limpeza, materiais escolares e a infraestrutura precária das escolas de ensino médio e fundamental.

CRÉDITO DAS FOTOS - Isabella Rouxinol (Bandas reunidas no OCUPA CENTRAL, realizado nos dias 4 e 12 de Junho). AF Rodrigues (Apresentação da Banda Beker no OCUPA CENTRAL, realizado no dia 4 de Junho).

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