Resenha: Circus e Convidados - Lançamento do Single Andando Por Aí
Começaremos a resenha com o seguinte comentário: "Mais bandas deveriam investir em levar bebidas para os ouvintes" Se não me engano, foi a ForAnne que disponibilizou a bebida. Para eles, meus sinceros agradecimentos. s2 O "Circus & Convidados" ocorreu na casa de show "Audio Rebel" em Botafogo, um dos points underground do Rio de Janeiro. Inclusive, por um preço acessível, da para fazer eventos lá. #FikDik Infelizmente, a equipe #MADMCoberturas, graças à Avenida Brasil, chegou atrasada para o evento e perdeu o show da Sun7. Mas, como somos pró-ativos e simpáticos, convencemos o querido tecladista da Ollie, também conhecido como Dan Areas para comentar sobre o show. Fotênhos de Bruno de Blasi, nosso amigo (se pá companheiro de equipe). Segue o trabalho dele AQUI.
Sun7
Contexto: Estávamos do lado de fora da sala onde teve a apresentação, com o baterista (que em outro show que cobrimos da Ollie foi o guitarrista) e, quando eu perguntei sobre o show, o baterista falou "do caralh*" e Daniel continuou.
"Cara, eu realmente concordo. Achei do caral*o. Assim, a banda tem uma boa energia, tem um bom entrosamento...assim, claro, como toda banda eles tem uns desvios, não digo nem erros, mas desvios. É uma banda muito boa, gostaria de ressaltar até a baterista que toca muito bem, sempre no tempinho lá certinho. Sempre retinha, mas fazedo o dela. O báscio mas o que ela se garate, o que ela ta segura de fazer. Foi muito legal ver isso numa banda. No mais, é questão de ensaiar, mais shows, chegar junto, mas a banda ta de parabéns! Foi um show muito e,a té fazendo uma observação, fiquei sabendo que a vocalista ontem estava internada e hoje veio fazer o show e tava botando mó gás, destruindo tudo com a voz. Fizeram a escolha certa de covers, covers pontuais, que a galera sabia cantar e se identificar." Teve mais conversa com ele, que irá para o nosso Soundcloud! Falamos do show da Ollie de outras bandas, casa de show e any coisas!
ForAnnie
Arthur - Eu sou suspeito para falar de bandas que promovem rodas punk em, praticamente, todas as músicas e oferece bebidas desconhecidas pro público. Já diria o poeta, amo muito tudo isso. Os membros da bandas são, pelo que parecem, novos e fazem um PHC (Tecla Sap: Post Hard Core) de muita qualidade.As influências são claras: Bullet For My Valentine, Black Veil Brides e coisas do gênero. A banda, por ter as mesmas influências, acabam lembrando bandas como o Glória, com alguns momentos de Slipkot.ou Nine Inch Nails. Vale ressaltar a parte vocal desta banda. Tanto o frontmen quanto o guitarrista tinham boa potência vocal e os guturais/screamos eram bem feitos. O baterista e o baixista também eram ótimos, não lembro de ter escutado erros técnicos deles. Banda muito bem entrosada. Infelizmente, nem tudo são rosas. Tal qual em outros shows do dia, o volume dos instrumentos estava bastante desnivelado, com o guitarrista solo muito mais alto que os outros.
Uma coisa: O Baterista é a cara do Bruno Sutter (ou Detonator, o deus do Metal, para os íntimos). Talvez o Edu Falaschi também....
Mas, a interação com o público, a energia e sinergia da banda, fizeram com que fossem um dos shows mais animados da noite. Ótima banda para se conhecer!
Ollie
Grativol - Vamos lá banda Ollie...Percebe-se que eles têm influências bem diferentes, vide a versão de trem das onze. Porém, fora isso, o que me marcou foram as caretas do vocalista. Sério, não precisa de tanto. Até porque, isso tira o foco do principal, que é a música. Deixando de lado a parte das línguas de fora, a banda concentra toda a sua presença no mesmo cara, o frontman. Deu pra perceber que ele manda bem cantando e no instrumental, percebe-se, até, algumas técnicas na hora de cantar. Deixo destaque para a quarta música do set da banda e a versão de "Trem das Onze", do Adoniran. Levaram a galera do Rock à cantar um samba! haha Entretanto, o que me deixou desmotivado foi não ouvir bem a guitarra da menina, o baixo sem muito peso e marcação e até os teclados e as inserções de screamo do Daniel não estavam bem equalizados. Não sei se isso tudo foi por conta do som da casa, que foi deixado de lado, dando muita microfonia e incomodando aqueles que são um pouquinho mais técnicos. Arthur - Interessante como gosto é algo particular e, cobertura em conjunto, nos dá a possibilidade dessa dinâmica. Eu, particularmente, acho o vocalista da Ollie um dos frontmans mais "completos" da Cena pela sua postura no palco. O nosso querido Josh (apelidado assim pelos membros da #MADM, graças à semelhança com o ator de Drake&Josh) utiliza o modelos "Stevie Vai" de apresentação, dando ênfase nas expressões faciais. Eu acho ele divertido hahaha. O descaso da casa com a mesa de som foi nítida, nítido nas muitas microfonias que tiveram, em todas as apresentações que presenciamos, e a falta de equalização, algo que ocorreu em todas as bandas. O teclado estava praticamente inaudível no todo, a guitarra base da menina (pode chamar ela pra tomar um sorvete?) estava baixíssima e o baixo sem peso.
Conversando com o pessoal da banda, fiquei sabendo que não houve passagem de som. Aí tudo ficou óbvio pra mim. Infelizmente, não foi o melhor show da Ollie que já presenciei dado os problemas técnicos. Quanto à postura no palco, continuam sendo uma das bandas que mais curtimos cobrir!
CIRCUS
Arthur - Chegamos na dona da festa! Com uma bandeira grafitada "Circus", o palco era o esteriótipo do Rock underground. Eu, juro, me senti vendo uma tela de Guitar Hero ou clipe da Black Flag. A Circus, que lançou recentemente um belo clipe, é muito fortemente influenciada pelo Pop Punk e HardCore, lembrando MUITO o CPM22. Em alguns momentos, o som fica datado, "anos 2000". Mas, se escutamos gente como "Gary Clark Jr", "The Strokes" e "Arctic Monkeys", fica nítido que voltar ao passado não é nenhum problema. (Se pá, é o melhor meio de se criar algo novo). Com letras e posturas "revolucionárias", a banda traz de volta uma tendência perdida na música, com o passar dos anos: o posicionamento. É algo que me faz apostar nesta banda.
Talvez, parafraseando o Dan, o único "desvio" seja a falta de variedade nas músicas. Até o AC-DC, que todo CD parece uma mesma música de 40 minutos, tem um "You Shook Me All Night Long" na setlist.