Resenha: Cattarse - Black Water
Como bem dito na página da banda, o nome por si só explica muito bem o que são. A Cattarse é composta pelos irmãos Igor (guitarra/vocais) e Yuri van der Laan (baixo) e por Diogo Stolfo (bateria).
Ao longo do disco, é notável a qualidade da gravação da álbum. Gravado no estúdio audioFARM, o processo aparenta ter sido bem elaborado e cuidadoso.
Na primeira faixa (Walking on Glass), a banda trata de deixar claro a que veio. Riffs fortes e um vocal marcante logo de cara prendem o ouvinte para ouvir a continuação do álbum.
Ao longo da segunda e terceira faixa há maior evidência do bom trabalho feito na mixagem. “Mr Grimm” talvez seja uma das melhores músicas do álbum devido ao seu instrumental criativo .
“Meet me in the Darkness” exalta bem as qualidades do Igor enquanto guitarrista.
“You Blew My Mind” foge um pouco do estilo do álbum até então, lembrando um pouco Nirvana. Ainda assim, é um alívio para todo o peso presente até então, algo necessário muitas vezes.
“Turn To Stone”(Sim, em negrito. Merece ser ouvida com atenção) começa como uma espécie de “blues” (outra surpresa no álbum). Após desenvolver-se bem e dar a impressão de que se igualará em peso ao tema central do álbum, eis que surge como um reggae. Admito que esbocei um sorriso nessa hora e realmente gostei dessa alternância de estilo. Essa é, na minha humilde opinião, a melhor música do álbum.
“Black Water” faixa homônima ao álbum. Visceral e criativa. Boa escolha para nomear o álbum.
“Ashes” é um grande final. Música com características medievais/épicas, como por exemplo “The Bard’s Song” da banda Blind Guardian.
Ao fim, é um álbum surpreendente e original. O sul tem muito a oferecer para o Brasil no
quesito Rock e a banda Cattarse é uma ótima prova disso.