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Resenha: Supercombo - Rogério (2016)


Oriunda de São Paulo, a Supercombo é uma banda de rock que lançou seu primeiro álbum em 2007, mas que começou a ganhar mais público com o álbum "Amianto", que foi o terceiro da carreira da banda e foi lançado em 2014. Parte do grande público que surgiu para a banda veio com o lançamento do videoclipe de "Piloto Automático", o primeiro single do "Amianto", lançado em outubro de 2013. A outra parte veio em 2015, quando a banda participou do programa Superstar, onde acabou não vencendo, mas conseguiu ganhar bastante público e espaço na cena do rock.

A banda é formada por Léo Ramos (voz e guitarra), Carol Navarro (baixo), Pedro Ramos (guitarra e voz), Raul de Paula (bateria) e Paulo Vaz (teclado e efeitos).

Agora, dois anos depois do lançamento do "Amianto", a banda lança "Rogério", um álbum que apresenta o som da banda um pouco mais maduro e explorando mais influências e musicalidade.

O timbre do vocalista e guitarrista Léo Ramos se manteve ótimo e veio com um pouco mais de suingue, ficando de acordo com algumas melodias mais dançantes trazidas pela banda nesse álbum.

A faixa que inicia o álbum é intitulada "Magaiver" e traz uma melodia bem indie e bastante interessante, destacando o momento em que o rap aparece e ao invés de ficar mais leve, a melodia fica mais pesada. Achei bem diferente, criativo e bem executado. A letra é boa e conecta todo o universo do álbum, mencionando o nome da música e o nome do álbum.

Com uma melodia que mistura reggae e o rock característico do Supercombo, "A Piscina e o Karma" é a segunda faixa do álbum, que consegue trabalhar bem novas influências e ao mesmo tempo faz um som que lembra algumas faixas do "Amianto". Destaque para a participação incrível da Emmily Barreto, vocalista muito talentosa do Far From Alaska que veio cantando em português e o resultado ficou muito bom.

Saindo um pouco de algo mais tranquilo e mais dançante, "Bonsai" é a terceira faixa que já traz um som mais pop rock bem marcante e uma letra bastante rica.

Após "Bonsai" que marcou um momento de transição do álbum, "Grão de Areia" é a quarta faixa e dá início à um momento mais dark do álbum. Apresenta uma letra muito rica, melodia mais densa e fechada, mas continua no pop rock, com um refrão marcante e forte. Lembra um pouco o som que a Pitty fazia lá por 2007, 2008. Destaque para a participação Gustavo Bertoni, vocalista da Scalene.

Dando continuidade ao momento dark vibes do álbum, com melodia muito interessante vem "Monstros", a quinta faixa do álbum. É uma conversa muito boa entre pop rock, indie e efeitos de teclado que contribuíram para um ótimo resultado final.

E então, o álbum volta à melodias um pouco mais dançantes na sexta faixa, intitulada "Embrulho". Apresenta um rock bem marcado e o timbre forte do vocalista que deixa a melodia muito criativa e interessante. É como se misturassem um pouco do que O Rappa faz com o som característico do Supercombo.

Uma das músicas mais estranhas (de um jeito bom) e interessantes do álbum é "Morar", que traz uma melodia indie e uma letra que te engana completamente. Ela aparentemente é pesada e num dado momento você percebe que ela na verdade é doce e apaixonante. Muito bem feita.

Em seguida temos "Bomba Relógio", que traz um indie bem marcado e bem forte, que remete ao som de nomes como Foster The People e Lana Del Rey. A informalidade da letra não combinou com a melodia, por isso ela poderia ter sido melhor. Mas a melodia é incrível.

"Jovem" é a nona faixa, traz uma melodia bem pop rock dançante e traz uma letra curiosa. Pode ser interpretada como algo leve e simples, mas também pode ser interpretada como uma crítica. Deixou essa dúvida, mas de um modo geral é uma boa música.

"Eutanásia" é simples, já traz um som mais parecido com o que foi feito no "Amianto", com letras mais pesadas e densas. Então chegamos finalmente à faixa-título, que foi colocada como penúltima do álbum. "Rogério" é uma faixa de melodia ótima e letra bastante interessante, chegando a ser uma das melhores do álbum. A linguagem informal foi muito bem colocada, casando bem com a melodia. Seria uma ótima faixa para ter um videoclipe.

E então temos "Lentes", que é a última e uma das mais interessantes faixas do álbum. Sua melodia mistura momentos de pop dançante com um rock denso e a participação da Negra Li, sem dúvida alguma merece destaque. O dueto ficou muito bonito, foi muito bem executado e perceptivelmente a banda e a cantora precisaram sair um pouco de suas zonas de conforto para que misturar os sons diferentes, o que resultou em uma música incrível, de refrão forte, marcante e que fechou muito bem o ótimo álbum.

"Rogério" é um ótimo álbum e você precisa ouvir! Você encontra ele disponível no Spotify, Deezer, iTunes, Napster, Google Play, e no site da banda você pode ouvir e comprar o seu.

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