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Entrevista: Cafe Republica


Olá! Entrevistamos a banda de rock exótico e experimental Cafe Republica! Eles são legais, usam óculos estilosos e tem um nome maneiro! Chega mais que ficou linda!

Arthur V: Poderiam falar um pouco da banda? De onde vocês saíram, influências, quem é o mais "Keith Richards" do grupo...? C.R.: A banda surgiu no colégio de técnico em Química do maracanã, o antigo Cefeteq. Lá quatro dos integrantes atuais se conheceram (Big, Juca, Anderson e Octavio) e decidiram formar a Cafe Republica no final do ano de 2010, quando já estavam acabando o curso. Mas foi no início de 2011 que começaram a trabalhar efetivamente como banda. As influências são vastas, passeando desde Chico Barque e Mutantes até Pink Floyd e Beatles, além de referências recentes na vertente psicodélica, como Tame Impala e Boogarins. Atrelado às influências, há grande parcela do modo como pensamos música em conjunto, experiência de cada integrante por si só e anseio de experimentar coisas novas, resultando nos nossos trabalhos musicais.

Arthur V: Como foi gravar no Poons Head? Trabalhar com Rob Grant, que já produziu bandas como Tame Impala, Pond e Melody’s Echo Chamber, foi uma experiência boa ou desastrosa? C.R.:Na verdade não gravamos no Poons Head, apenas a masterização das músicas foi realizada lá. Apesar disso podemos dizer que o trabalho foi muito bom nesse sentido, já que Rob Grant ter produzido tantas bandas de referência o faz ter uma visão bem abrangente da natureza do som. E essa experiência, traduzida em como nosso som seria percebido, foi interessante pra nós.

Arthur V: Talvez o grande expoente do Rock Psicodélico no Brasil seja o Mutantes e, ainda assim, não é uma vertente muito midiática. Todavia, com o crescimento de bandas como a Boogarins e a própria Cafe Republica, parece estar havendo um crescimento rápido do estilo. Como tem sido estar no meio desse revival? C.R.: De fato a banda Mutantes é um dos maiores expoentes brasileiros. Existem também outros nomes que estão em nossos ouvidos, como Clube da Esquina e Secos e Molhados, por exemplo. A própria Boogarins conquistou um bom público aqui no Brasil, mesmo com esse cenário não tão visado, porém com bastante público mundo afora também. Participar de um novo momento de construção da música é muito enriquecedor e nós até nem gostamos de classificar esse momento novo como um revival, até porque a música se renova a todo instante. Acreditamos que o que está se vivendo agora é tão diferente quanto tantas outras épocas diferentes da música que, mesmo com características em comum por suas décadas, as músicas se diferenciavam entre si de acordo com as bandas.

Arthur V: Se a banda só pudesse escolher uma música do “Ludere Occultant”, qual seria? Por falar nisso, por que “Ludere Occultant”?

C.R.: É bastante difícil escolher uma única música apenas do Ludere Occultant, porque enxergamos todas elas se complementando entre si. Mas acho que escolheríamos a música Sand Upon The Wind. É a última faixa do EP. O nome ”Ludere Occultant” está em latim e seria algo como brincar de esconder, como se estivéssemos fazendo uma brincadeira divertida de deixar links entre conceitos e letras num âmbito mais subjetivo, sons escondidos nas músicas, a música associada à arte do CD e mais, e que estamos convidando o ouvinte a identificar essas “coisas” escondidas. E como? Ouvindo mais de uma vez e usufruindo da arte do CD, que foi muito bem criada também.

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