Entrevista: Rodolfo Krieger (Cachorro Grande)
Oriunda de Porto Alegre, a Cachorro Grande é uma banda que já conquistou seu público e espaço na cena nacional com seus 15 anos de carreira e 8 álbuns na bagagem. Agora os caras estão com o novo álbum "Electromod" e nós da MADM trocamos uma ideia com um dos integrantes da banda.
Rodolfo Krieger é baixista, compositor e vocalista da Cachorro Grande e tivemos o prazer de bater um papo com ele, onde ele falou sobre influências da banda, falou sobre o novo álbum "Electromod" e mais. Se liga só no que rolou:
MADM: Então, vamos começar falando sobre a cena atualmente. O que vocês acham desse momento dela? Vocês podem falar, considerando que tem já uma boa experiência e já vivenciaram diversas fases da cena.
Rodolfo Krieger: Eu acho sensacional. Sabe, hoje tem muita banda boa aparecendo, muito festival legal acontecendo e hoje em dia as coisas estão mais fáceis do que eram na nossa época. Era mais complicado conseguir gravar álbum, ir pra estúdio, por exemplo. Hoje tem as plataformas como o Spotify e as pessoas têm consumido muito disso, o que facilita bastante.
MADM: Como a banda se imagina daqui a 5 anos?
Rodolfo Krieger: A Cachorro Grande é uma banda que tem 15 anos de carreira e nesse tempo a gente nunca se deu ao luxo de tirar férias, então acredito que estaremos lançando álbum e saindo em turnê, porque estar em cima do palco é o que a gente mais gosta de fazer. Ah, e espero ficar rico também, né! (risos)
MADM: Falando agora de influências, como isso funciona na banda? Cada um traz suas influências particulares ou vocês têm influências em comum?
Rodolfo Krieger: Dos clássicos, todo mundo gosta igual. The Beatles, Stones, The Who...até foi isso que nos fez formar a banda. Mas cada um tem seus gostos particulares sim, até porque na banda são 5 compositores, então cada um leva um pouco das suas influências pessoais.
MADM: De onde vêm o nome da banda?
Rodolfo Krieger: O nome surgiu da expressão "briga de cachorro grande". A gente foi tocar em um festival onde a gente ia fazer covers de The Beatles, Stones, e o nosso show teve que diminuir, foi de 20 músicas para 10 e a nossa banda ainda não tinha nome, então disseram que para decidir seria uma "briga de cachorro grande", aí ficou o nome que tá com a gente desde então.
MADM: Agora falando de apresentações ao vivo, qual foi o show mais memorável de vocês?
Rodolfo Krieger: Abrir para os Stones, em Porto Alegre.
MADM: Vocês estão em turnê com o Electromod, que foi lançado em julho, e queremos saber como está sendo a receptividade do público com o álbum.
Rodolfo Krieger: A Cachorro Grande é uma banda de carreira, então as pessoas esperam o álbum. Para mim, o termômetro do álbum é o pessoal cantando nos shows, aí já significa que o álbum funcionou e as pessoas estão ouvindo. E isso está acontecendo. Nos nossos shows a gente têm tocado metade do álbum novo e as pessoas já estão cantando. Nós já temos 8 álbuns, então nossos fãs cresceram junto com a gente e eles sabem que em cada álbum a gente faz uma coisa diferente, então ficam esperando para ver o que a gente vai aprontar. Bandas como os Beatles ou os Stones, não conseguem agradar à todo mundo, tanto que as pessoas dizem que gostam mais de uma fase ou de outra, então isso também acontece com a gente. Não que eu esteja querendo nos comparar à eles, mas só dizendo que as pessoas acabam tendo suas fases que gostam mais e que gostam menos. Tem um público novo também nos conhecendo agora no Electromod e eu que cuido muito da parte da internet, tenho recebido e-mails de fãs falando bem do álbum e eu fico muito feliz. Eles ficam com vontade de conhecer os primeiros álbuns, isso é muito bom.
MADM: Como foi o seu primeiro contato com a música?
Rodolfo Krieger: Que pergunta difícil! (risos) Acho que foi com uns 8, não, 7 anos. Minha irmã tinha uns discos, minha tia tinha álbuns dos Beatles e eu ouvi o "Revolver" (1966). Depois disso, fudeu tudo. Agora eu estou numa banda de rock por causa do John Lennon e do "Revolver".
MADM: Vocês tem show marcado no Rio agora no dia 07 de outubro, no Imperator, junto com o Defalla. Quais são as expectativas de vocês para essa noite?
Rodolfo Krieger: A gente tá muito afim de tocar no Rio, porque o pessoal daí é muito louco! Nós temos vários amigos no Rio e a gente não faz show aí há muito tempo. Além disso, vamos dividir a noite com o Defalla, que é uma banda que a gente gosta muito, então a gente espera a casa ver a casa lotada de gente afim de curtir um rock n' roll. Vai ser lindo!
MADM: Bom, obrigada por bater esse papo com a gente! A gente espera vocês aqui no Rio dia 07!
Rodolfo Krieger: Eu que agradeço! Vocês vão colar lá? Ah, então tá ótimo! Valeu!
Se você ficou afim de ir ao show deles aqui no Rio de Janeiro, clique aqui para mais informações.