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Resenha: Vital – Selvagem


A Vital é uma banda é uma banda independente do Rio de Janeiro que teve sua origem em 2013.

Com influências que vão de Papa Roach ao Three Days Grace, a banda lançou em outubro deste ano seu segundo EP, intitulado "Selvagem", que tem uma arte muito bonita na capa, inclusive.

A banda é formada por Pedro Anversi, Marcelo Caldas, Matheus Buonocore, Lincoln Bispo e Felipe Lopes.

O EP contém 6 faixas, e a primeira é intitulada "Despertar". A faixa tem um andamento bom, uma melodia que não é muito original no tipo de música que a banda faz, porém é bem executada. A bateria na música é bem trabalhada e a faixa tem uma vibe um pouco melancólica. Além de uma letra forte e o timbre do vocalista igualmente forte. Uma música boa, de modo geral.

Em seguida, temos "Exílio", que é um feat com o Maurício Kyann, vocalista da Nove Zero Nove. Essa faixa já começa bem porrada, bem forte, tem uma melodia ótima. O destaque é, sem dúvida alguma para as guitarras que foram trabalhadas de uma maneira incrível. A participação do Maurício na faixa contribuiu bastante, ficou ótima, imprimiu no resultado final uma música grandiosa. Os dois vocalistas fizeram um bom trabalho.

A terceira faixa é a "Êxtase", que eu achei que foi uma das melhores faixas do álbum, no que diz respeito à melodia. Além de que ela tem um refrão cativante e forte. É realmente muito boa e surpreendente, porque tem uma introdução simples. E novamente um destaque para as guitarras que tiveram muita maestria e desempenharam um papel incrível na melodia.

Chegando à parte final do álbum, temos a música de número quatro, que é intitulada "Combustão". Essa faixa tem um andamento bem trabalhado e ela imprime bem o conceito realmente selvagem do álbum. Eu particularmente gostei muito da letra, é forte e contagiante como a de "Êxtase" e o fato de ser uma após a outra na tracklist foi uma sacada muito boa, contribuiu para que o álbum obedecesse à uma certa crescente. É bem interessante, o álbum tem uma construção de evolução. É algo que fica até implícito no nome das faixas e não apenas na ordem em que elas foram colocadas.

A penúltima faixa é a "Superficial", que tem uma levada que se diferencia um pouco das outras músicas. Ela é mais dinâmica, mas é igualmente densa. A melodia tem um tom melancólico, como se tivesse uma leve influência de emocore, mas definitivamente o que predomina é o rock n' roll original, limpo, sem muitos exageros, porém muito bem executado. Inclusive, se analisarmos bem os dois trabalhos da Vital, a gente vê que é uma banda que não pisa onde não alcança. Mas isso não é ruim. Principalmente quando a banda está no começo, para que ela crie sua identidade e estabeleça um público certo, é bom que ela fique no que ela realmente vai querer ter como sua marca, seu som característico. Quando a banda executa bem, o que é o caso, melhor ainda.

A última faixa é intitulada "Vitória", que logo na introdução já mostra uma influência do metal. O solo de baixo foi bem interessante, já que as guitarras tinha tido bastante foco na maior parte do álbum. A letra é bem forte e o vocalista passa bastante emoção com seu timbre. É uma das melhores do EP e fechou muito bem o tracklist.

É um ótimo EP, a banda se desenvolveu muito bem e pode se desenvolver mais ainda. São claramente talentosos e espero que a gente possa ouvir um terceiro, quarto trabalho deles cada vez melhor, explorando mais seu som e se reinventando.

Ouça "Selvagem":

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