Aposta MADM - Trezzy
Demorou, mas a gente, enfim, vai falar da Trezzy!
A pergunta que mais ouço é: mas tem rock nacional bom mesmo?
Respondo indagando em qual planeta a pessoa vive, já que não é possível que alguém ainda tenha dúvidas sobre a nova cena do rock brasileiro.
Há, sim, pulsação após os anos dourados do gênero no país, e não é necessário nenhum mapa do tesouro pra encontrar tais talentos; eles estão tocando em bares e shows que você não arrisca ir porque acha que não vale a pena, nos pequenos festivais que você nem se liga em comparecer pra ver qual é, nas rádios que você não sintoniza por estar acostumado a engolir o mesmo conteúdo musical todo santo dia. Não admira que ainda existam pessoas pensando que o rock do Brasil morreu ou é ruim... As bandas estão por aí na luta diária para mostrar aquilo que sabem e têm muito talento para fazer: música de qualidade.
E, hoje, dessa bela safra, escolhi falar da Trezzy, porque é o que eu tenho ouvido e, confesso feliz, gostado muito.
A Trezzy é de São Paulo, e nasceu da vontade dos amigos Joonior Joe e Jack Fahrer de tocar músicas que gostavam de ouvir; a ideia foi pra frente e logo se transformou em projeto sério; outros músicos com a mesma linha musical chegaram para agregar, e a Trezzy surgiu, batizada com um número cheio de mística e lendas.
Na lida desde 2013, a Trezzy tem colhido frutos consistentes de um trabalho cheio de profissionalismo - a banda, desde o ano passado, vem lançando as faixas que formarão o CD de estreia, e mostra para os fãs todo o árduo processo de gravação através de fotos e vídeos na fanpage, o que é só um dos diferenciais da Trezzy - uma banda de rock que compõe e canta em alto e bom português (eu adoro isso, de verdade!).
As letras das músicas são bem escritas e fazem bastante sentido porque falam de tudo aquilo que é comum ao ser humano, seus dramas e dores nas relações pessoais, as emoções que surgem e cegam, neuroses, falhas, sonhos, perrengues, etc. E, ao menos que você seja um alface, é impossível não se enxergar em alguma frase cantada (e composta) por Joonior Joe.
Os clipes são bem produzidos, têm apelo roquenrol num visual forte e informativo, mas inegavelmente a estrela de todos eles é a música da Trezzy, cheia de sustância para matar a fome de quem sente.
A boa nova é que o CD de estreia está na última etapa de manufatura, e se depender dos aperitivos vistos na página da banda no Facebook, vem forte e cheio de energia! Senhores ouvintes, foi dada a largada pra contagem regressiva cheia de ansiedade:
Trezzy, doze, onze, dez, nove...
Dê um tempo em tudo o que você estiver fazendo e aperta o play pra conhecer/ouvir.
Apertou?
Então agora deixa a Trezzy acontecer. Os caras são muito bons!
Escalação:
Joonior Joe - Voz Roger Benet - Guitarra Alexandre Novaes - Guitarra Dinho Milano - Bateria Dieego Lessa - Baixo
"São Trezzy cabeças, Trezzy cabeças dentro do seu coração.
São Trezzy cabeças, Trezzy cabeças dentro do seu coração."